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domingo, 30 de agosto de 2009

Regresso a Portugal

De regresso e com tempo aproveitei para apanhar o comboio local até ás praias do norte. Que confusão andar em hora de ponta aqui é o pior. Mas eu tinha de experimentar e ainda mais da pior maneira. De malas ás costas.



A entrada no comboio foi uma comédia depois de pedir ajuda a uma bonita rapariga (uma vez que as indicações eram todas em indiano) ela lá me indicou o comboio mas disse para apanhar o seguinte pois este estava demasiado cheio. Aproveito para deixar o apontamento, que aqui em Mumbai se vêm raparigas muitoooooo giras! Lá segui religiosamente o conselho mas quando o comboio está a chegar (ainda não tinha parado) e já toda a gente corria para o apanhar!!! Lá segui o instinto e fiz o mesmo, entro na primeira carruagem lol e só se vêm mulheres ainda mais todas a olhar para mim até que uma diz... ha e tal esta é carruagem de mulheres tem de ir para a próxima! LOL esta não esperava é mesmo coisa à India! Segui até à próxima e sentei-me junto à janela uma vez mais com grades! À medida que o comboio andava por entre as estações enchia cada vez mais... e mesmo quando parecia não caber mais ninguém lá entravam mais 10! Era incrível, mas eu não sabia como ia sair dali, ainda mais de malas ás costas LOL. Com uma estação de antecedência lá parti furando a multidão a muito custo por entre empurrões meus e de outros, isto é o normal aqui!



Chegado à estação segui até à praia na companhia deste meu amigo (que não me recordo do nome). Finalista de bank insurance e possuidor de uma superbike (uma ninja), conversamos entre os 15 minutos entre a estação e a praia.



Esta zona é bem melhor e é aqui que os ricos moram. Em prédios com vista para o mar.



E sim a praia é bem mais bonita e cuidade acabei por ver o por do sol numa avermelhada despedida.



Logo ali estava um dos mais emblemáticos bares da noite de Mumbai. O Vie Longe (http://www.vie.co.in/) é um bar na praia de luxo. Uma bebida aqui custa em média 15 euros (o que é muito para um país destes) e é aqui que se realizam as festas dos famosos. Era sexta e por sorte havia uma festa ao jeito de Bollywood! Mas (e porque tem sempre de haver um mas) para azar o meu era de uma pita de 14 anos.



Numa última volta de rickshaw abandonei a cidade em festa por entre bombinhas e luzes até ao aeroporto.



Acabei por fazer uma despedida da comida do sul terminando com um belíssimo cheesecake.





Segui no avião para Londres durante a noite entre filmes e alguma dormida.



Chegado a Londres já sentia a proximidade com casa.



Com algum tempo entre voos resolvi ir até Camden Town sabendo que ao Sábado costuma-se realizar aqui uma feira.





Uma vez mais senti a proximidade com Portugal.



Despedi-me com uma pint no aeroporto e segui até Faro.

Elephanta Island



Quis ir um pouco mais longe e não podia partir sem ver um destes antigos monumentos budistas. Comecei por ir até à Gateway of India.






Que fica junto ao Taj Mahal Palace, o hotel de 5 estrelas que o ano passado sofreu um atentado.



Curiosamente encontrei junto a esta um daqueles autocarros que tinha andado em Bikaner com barras de lado a fazer lembrar transporte de prisioneiros.



Depois de uma viagem de barco de 1 hora entre turistas e infianos cheguei finalmente até esta ilha com uma impressionante vegetação.




A paisagem para a água não era a melhor mas a da Selva compensava e muito.




Cá em baixo estavam estes senhores prontos a transportar-nos que nem reis até ao topo da ilha. Pensava que a era dos escravos já tinha terminado.



Mas as covas eram impressionantes.











As covas eram religiosamente vigiadas por macacos prontos a sacar sumos e comida a qualquer turista. Assisti a um roubo em 2 segundos, e o raio do Macaco ainda abriu a garrafa de fanta e começou a beber tipo a uns 2 metros. Impressionante!





Lá no meio encontrei este pequenito.



Mas o mais estranho foram estas lagartas que em determinada zona eram às centenas. Imaginem uma gigante teia que ao atravessarem sentem na vossa pele e cabelo uma imediata irritação devido ás fibras e ás lagartas que as tecem.



De regresso vim na companhia de Satyajit Mohanty um empresário de Orissa que tem um pequeno negócio de extracção de minerais. Este verdadeiro contacto empresarial foi no mínimo curioso. A conversa tendia sempre para valores, como bom empresário indiano o custo e negociação fazem parte até do turismo. Pai de uma menina e casado com uma professora, Satyajit deu-me o seu contacto e ofereceu-me a sua casa para que um dia que esteja perto de Orissa o possa visitar.

Mumbai



Mumbai é a grande cidade do Sul. Sobre um clima quente e abafado a cidade revela-se bem mais moderna que a capital Delhi. Apesar do pouco tempo passado em Mumbai gostei da cidade e em especial das pessoas. Aqui era possível falar com estranhos e pedir informações sem qualquer problema de ter de dar algo em troca.
Comecei por visitar a Victoria Terminus a mais emblemática estação de comboios de Mumbai.








Segui depois até ao mercado de Crawford, um gigante mercado onde podemos encontrar de tudo inclusive lojas de imitação para tudo.








Para me deslocar dentro da cidade usava os antigos táxis que possuíam estes antigos taxímetro no exterior do veículo, uma novidade para mim!



Na cidade assistimos aos habitantes que mastigam esta mistura de tabaco e ervas.



A cidade está carregada de edifícios com interesse histórico, ou outros a cair de podre e está minada de vendedores de comida, de bilhetes de comboio e estes balões (isto é cena à indiano).








Visitei o Banganga tank que me fez lembrar uma mini Varanasi cheia de templos e crentes a tomar banho.








A cidade encontra-se toda em festa devido ao Ganesh Charturthi a maior festa de Mumbai e por todo o lado se encontravam altares decorados com flores e luzes.





Dei um salto à Mani Bhavan a antiga casa de Gandhi em Mumbai e a viagem até lá foi uma comédia. O taxista não sabia inglês e mal via o mapa que lhe dava. De 5 em 5 minutos parava o taxi para perguntar até que um senhor de repente entra no taxi e cumprimenta-me em inglês num sotaque de puro indiano.
"- Hi, I'm Dr. Suresh" lol parecia um filme, mas de facto o doutor era impecável muito simpático levou-me até à casa do Gandhi pois ele ia para perto e ainda me deu umas dicas para a cidade.





Mas eu queria conhecer a mais famosa praia de Mumbai, a Chowpatty beach. Infelizmente a praia encontra-se poluída e não convida a banhos.




Continuei viagem e fui ver o imenso relvado do Oval Maidan onde ao final da tarde vemos miúdos jogar cricket e futebol.



Junto ao Oval Maidan podemos ver a antiga Universidade de Mumbai.




E o High Court.




Ao seu lado observamos a gigante torre da Tata.



Mumbai está cheia de corvos que parecem não se importar com a presença das pessoas a seu lado.



Estando em Mumbai a cidade Bollywood não podia perder uma ida ao cinema. Pena foi não ter encontrado nenhum cinema com filmes indianos mas com lengendas em inglês, ou falados em inglês! Acabei por ver um filme americado pois não iria entender nada dos outros. Algo absolutamente estranho é antes de começar o filme, passa um anúncio a dizer:
"É favor levantarem-se em sinal de respeito!" e começa a dar o hino da India... lol epá antes do filme??? Só mesmo na India...





À noite podemos ver da marginal uma bela paisagem sobre a cidade.



Mumbai encontra-se lotada de cafés com bom aspecto inclusive alguns melhores que no nosso país. Optei por almoçar num restaurante muito bem recomendado. Mal entro percebo que este sítio deverá ser um pouco mais caro do que esperava mas era também uma oportunidade de comer algo diferente e sobretudo noutras condições. Trazem-me logo um prato e começam-me a servir comida. Não havia menu! Começo então a perceber que é um restaurante de Tali, este famoso prato indiano que consiste na mistura de vários sabores como snacks, molhos e arroz. Eram 5 empregados à minha volta e iam-me trazendo cada vez mais comida e sempre que acabava algo colocavam logo novamente, era um rodízio de Tali lol! Arroz, picante, molhos e uma infinita combinação de ingredientes tudo acompanhado de lassi (iogurte bebível indiano) e diversos tipos de chapatis (pão indiano). Tudo combinado por incrível que pareça enchia e muito. Rapidamente comecei a cortar nos reabastecimentos. E comi até não poder mais.