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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

À descoberta do horizonte

Uma vez estando em Leh senti a necessidade de explorar melhor estas paisagens. Surgio então a ideia de alugar uma mota. Eu, Martin, Omar, Raquel e Soli alugamos então 3 motas e fomos à descoberta do horizonte. Eu ainda experimentei uma Royal Enfields mas não me senti confiante e preferi alugar uma 150 uma pulsar! Segui então sozinho enquanto duas Royal seguiam com dois passageiros cada.






Passados 5 Km uma das Royal pifou... tivemos de chamar o gerente da loja e acabamos por perder quase 2 horas. Seguimos então agora 3 numa mota e eu e Martin na Pulsar, isto tudo para não perdermos mais tempo à espera que nova mota chegasse.




Passados 20 Km a outra Royal pifou... eheh estavamos a mais de 25 Km de Leh no meio do nada e apenas com uma mota. Por sorte conseguimos caminhar até uma pequena povoação, Nimbo, onde nos instalamos perto de uma mercearia. Fomos super bem recebidos pelos locais, enquanto um miúdo subia a uma árvore para nos dar maças improvisamos um almoço com os produtos que encontramos na mercearia. Uma salada 100% natural.





Enquanto eles regressaram de taxi eu vim na Pulsar a desfrutar da bela paisagem que me rodeava.




Pulsar foi a única resistente!

Lago Pangong



Viajar por estas terras na fronteira com a China obriga à realização de um visto especial para turismo. Visto este que tem de ser pedido com 24 horas de antecedência e terá de ser no mínimo para um grupo de 4 pessoas. Estava eu na agência de Jumar ainda a informar-me para ir a algum lado no dia seguinte. Ele insistia que era impossível pois era só um e não tinha visto. Bah!! Não queria acreditar que não iria visitar nenhum dos locais que tanto desejava... Sob uma contagiante energia consegui então em 5 minutos arranjar mais 3 pessoas que necessitava para viajar comigo. Pedro, um jovem brasileiro de 64 anos que está a dar a volta ao Mundo e Tal e Naana, duas raparigas israelitas que imediatamente simpatizaram comigo.



As coisas pareciam-se encaminhar e até para o visto consegui convencer Jumar a ir a casa do fiscal para nos arranjar o visto para o dia seguinte! Estava tudo pronto e no dia seguinte parti ainda de madrugada à descoberta do lago Pangong... lá fora o dia acordava e as paisagens surgiam pelas janelas do jeep.






Passamos pelos 5360 metros de altura e continuamos pelas montanhas rumo ao nosso destino.




O caminho cruzava-se vezes sem conta e a paisagem deixava qualquer um hipnotizado com tamanha beleza.



Passadas quase 5 horas finalmente pudemos deslumbrar a beleza deste lago, com água cristalina.





Tivemos oportunidade de ver ainda os Yakis.



E os marmottes.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Cerimónia com Dalai Lama



Fui informado que Dalai Lama daria um discurso o que despertou a minha curiosidade.
Falei com a família onde me encontrava instalado e rápidamente se disponibilizaram a levarem-me com eles. Assim foi dia seguinte, as 7H30 partimos em busca das palavras de Dalai Lama.



Toda a cidade pára para ir a este encontro e um mar de gente ocupa um relvado do tamanho de 3 campos de futebol.


















Durante a cerimónia é servido chá e arroz sagrado.



E até o Ché estava presente.



Ou até podiamos encontar um ipod monge, conheciam? eheh



O pior foi a saida com toda a gente a querer sair ao mesmo tempo!

Leh com sabor a Tibete



Depois de uma India confusa e caótica procurei algum retiro nas montanhas dos Himalayas. Leh fica em Ladakh na fronteira com a China (Tibete). Nesta região os habitantes falam ladakhi e não se consideram indianos. É um ambiente completamente diferente muito acolhedor e simpático. Optei uma vez mais por me deslocar de avião uma vez que o voo prometia paisagens únicas. Optei por viajar com a kingfisher uma óptima companhia que ainda por cima serve uns snacks eheh! Lá fora as montanhas cortavam as nuvens.






Chegado ao aeroporto e depois de alguns minutos de aclimatização à mudança de temperatura resolvi apanhar um bus local.



Sai na entrada de Leh e segui por uma das estradas! A subida custava e percebi que me estava a afastar do centro. Resolvi pedir ajuda a um rapaz que acabou por me levar até ao mercado de Leh. Isto noutra parte da India seria impensável... dar boleia a um turista sem pedir algo em troca! Começava a sentir o agradável sabor de uma terra muito diferente do resto da India. Chegado ao mercado explorei um pouco o centro. Pela rua somos contagiados pelo Juleh, palavra que significa Olá, a fazer lembrar o interior do nosso país onde toda a gente nos fala mesmo quando somos de fora da aldeia.















Havia combinado com Martin (o francês que conheci em Jaipur) que ficariamos na mesma guest house. O problema era encontrar a guest house!!! Era nova e ninguém a conhecia e só a muito custo lá consegui dar com o local. Na rua principal andar em terra batida 7 minutos do centro, depois virar nesta ruela (sem qualquer indicação para a guest house que queria) e caminhar mais 5 minutos até que finalmente damos com a casa da familia Tsangbu. A casa era acolhedora isolada e rodeada de uma excelente vista sobre as montanhas.







Tsangbu é uma família muito simpática que recebe na sua casa alguns turistas. No último dia até me preparam um jantar na sua companhia, foi de facto uma grande sorte ter encontrado esta família.



Estava encantado com a simpatia de todos. Voltei à vila para comer algo e rápidamente com a ajuda das indicações de Alexa (a rapariga que havia conhecido em Bodhgaya) encontrei um belo spot para comer algo local.
Visitei o Chowkhang Gompa onde alguns locais rezavam.





Aproveitei para visitar o mercado de produtos tibetanos quando de repente alguém grita e toda a gente desaparece! Estava eu muito bem a falar com a senhora e até ela desaparece sem dizer nada. Pensei se calhar havia sido um acidente mas depois reparei que as pessoas se estavam a rir. Com alguma curiosidade vou até à rua para tentar perceber o que se passava, e nesse preciso momento passa à minha frente sua santidade Dalai Lama.




Leh econtra-se rodeada de mosteiros mas o que se destaca é o Palácio de Leh e o Tsemo Gompa onde as vistas são espectaculares. Na companhia de Omar, Martin e Soli seguimos num taxi até ao topo da montanha.













Visitei também o Shanti Stupa um mosteiro que fica no topo da colina e donde as vistas eram de ficar sem palavras.







Por último visitei o pequeno mosteiro Stupa onde por sorte naquele momento ensaivam danças e canticos locais.







Falei com Nambu filho da família onde estava a dormir e combinei um jogo de futebol.



Infelizmente os locais (com medo pois claro da equipa europeia) acabaram por não comparecer e ficamos só nós a dar uns toques. Omar (espanhol que havia conhecido aqui em Leh), Nambu e eu. O jogo até corria bem até que um colocado remate do internacional português destroi parte da baliza.



Durante a minha estadia conheci Juma dono de uma agência de viagens que me ajudou em algumas situações. 5 estrelas tanto ele como o irmão.



Uma curiosidade é a fruta aqui ser muito pequena mas deveras saborosa.




Mas a comida tibetana vegetariana é deliciosa e até há uma pizza hut.





Resumindo este é um dos locais que recomendo a toda a gente, tanto pela simpatia das pessoas como pela forma como o turismo está organizado! A paisagem é das melhores e existem variadas actividades de contacto com a natureza. Existe um elevado cuidado na preservação do meio ambiente o que ainda me deixou mais descansado.