Páginas

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Cuba e Havana

A chegada a Cuba começou logo por ser em suspense uma vez que o nevoeiro existente não permitia ver nada e só depois de uma tentativa falhada lá acabamos por conseguir aterrar. Foi engraçado ver o Cubano sofrendo.

Chegados ao aeroporto sem guia e sem saber para onde ir ao sairmos fomos bombardeados com ofertas mas resistimos pois preferimos falar com alguém da secção de turismo para pedirmos alguns conselhos. Assim desta fonte oficial fomos reencaminhados para uma casa de familia em Havana Centro. Fomos muitissimo bem recebidos por Noel e Martica que rápidamente nos puseram completamente à vontade como se a sua casa fosse a nossa casa.

Vista da nossa casa.



Sistema de abertura da porta de uma casa cubana.



Martica é uma querida e a melhor cozinheira de Cuba. Trabalhou já em Portugal no Porto num restaurante cubano e actualmente trabalha no Museu do Rum - Havana Club. Estavamos pois em boas mãos e patrocinados pela boa bebida.



Noel o nosso guia da noite cubana mostrou-nos o melhor e o pior de Havana, deu-nos todas as dicas que precisavamos de saber para sobreviver contra um sistema de extracção de dinheiro ao turista. E queixou-se de tudo o possivel e imaginário relativamente ao pais e à situação política que este vive, o que é normal para um cubano.



O que se passa em Cuba para além de haver duas moedas, uma para o cubano outra para o estrangeiro os preços variam abismalmente segundo o tipo de moeda. Se pagamos em pesos cubanos falamos de cêntimos se em peso convertido falamos em euros... Cuba é de facto estúpidamente cara! Ainda assim no final da nossa estadia já nos estavamos a habituar e pelo que parece o facto de termos algumas semelhanças com os cubanos (fisicamente) ajudava-nos a utilizar o outro sistema.

Quando chegamos a Cuba fomos informados que estava um ciclone de visita à ilha. Enfim nada que preocupasse os Locos... e após três dias o ciclone passo-nos ao lado. Ainda assim o mar agitado ainda molhou parte do Malecón.





Levamos foi com chuva durante dois dias.



Tivemos oportunidade de andar num taxi um Chevrolet com mais de 60 anos uma verdadeira obra de arte móvel.




Monumento que assinala o luto do povo cubano contra os Estados Unidos da América.



Nas ruas ao caminharmos vemos algumas imagens que não sonhavamos ver nos nossos países.



Esta bela discoteca não tivemos coragem de explora-la...



O capitólio cubano é um dos monumentos mais emblemáticos de Havana.




Visitamos também o bairro chino de Cuba.



Por toda a parte se vê imagens de propaganda da revolução.




E até mesmo na televisão frequentemente passam imagens e documentários de Fidel.



A praça da revolução onde Fidel discursa é um espaço gigante onde se pode ver uma vez mais a presença da figura do Che.




Os carros antigos são uma bonita presença que dá outra cor ao trânsito que estamos acostumados a ver nas nossas cidades. Pena apenas que alguns deste poluam tanto. No entanto devido a antiguidade de alguns facilmente encontramos pelas ruas alguns avariados.





Havana anoitecendo.



A praça da catedral é muito bonita e acolhedora.




Apesar da cidade parecer que se encontra adormecida relativamente à evolução é possivel encontrar pela cidade elementos de arte moderna e até mesmo novas contruções.



Não se vêm muitos miúdos na rua pois a maioria encontra-se na escola mas ainda assim os poucos conseguem encontrar novas formas de se divertirem sem o recurso a brinquedos já construídos.



A praça de San Francisco de Assis.





A câmara obscura situada na praça velha permite visitarmos a cidade em tempo real através de um sistema montado por lentes criado por Leonardo Da Vinci. No topo existe depois um miradouro onde se pode observar Havana.






Havana velha encontra-se arranjada para o turismo e parte em recuperação.





Por outro lado Havana Centro é a parte da cidade que mais se encontra degradada.





Esta é de facto uma imagem muito rara. A internet é proibida em Cuba para o cubano e o preço dos computadores não é acessível a todos, dai que ver um cubano com um portátil é obra.



Uma das poucas igrejas que visitamos existindo a curiosidade de até as igrejas no seu interior possuirem bandeiras de Cuba.





Estando em Cuba, Guilherme aproveitou para cortar o cabelo visitando um antigo espaço onde os trabalhadores paravam sempre que passavam uma rapariga bonita. Estivemos mais de 2 horas lá dentro mas num ambiente muito divertido.



Nos primeiros dias em Cuba tivemos alguns problemas com os cartões, deu-se o caso que no mesmo dia não conseguiamos levantar dinheiro nenhum... Estavamos a ficar um pouco assustados pois já tinhamos experimentado várias caixas multibanco e nenhuma aceitava o cartão. O caso piorou quando tentamos os bancos e nem ao balcão pareciam ajudar-nos. Se bem que o funcionamento de um banco cubano deixa muito a desejar! As empregadas pintam as unhas enquanto falamos com elas, estamos a falar de um banco, e falam entre elas sobre as noitadas! Claro se a máquina diz erro nem interessa perceber... A partir dai e sem dinheiro não podiamos fazer nada sem ser andar a pé até ao Hotel que teria algum apoio ao turista para estas situações. Chegado ao local estava fechado mas o segurança muito simpáticamente lá nos reencaminhou para outro lado e deu-nos umas quantas dicas para que o cartão funcionasse. Por fim no Hotel Nacional conseguimos numa casa de câmbio funcionar com os cartões utilizando um dos truques do segurança (quantias baixas e apenas VISA).



A universidade de Havana tem o seu encanto e o facto de quase toda a gente ter estudos superiores é de facto um mérito do governo.



O embargo com os EUA fez com que muitos outros países abandonassem o país encontrando-se alguns prédios neste estado.



Uma das poucas lojas de marca que encontra-mos por Havana.



Para nos deslocarmos muitas vezes utilizavamos os coco-taxis.




Passamos uma das noites no Havana café onde vimos um espectáculo de cabaret tão característico de Cuba. Mais tarde o espaço virou disco com muita música à mistura, era engraçado ouvir músicas que estamos habituados mas com a introdução de um ritmo de fundo semelhante à salsa desta forma era mais fácil para o cubano dançar. Quando a música não tinha esse ritmo ai percebiamos que eles não sabiam dançar tão bem.







Apesar das dificuldades iniciais durante a estadia tivemos oportunidade de conviver com o povo cubano. Não é fácil devido à situação económica do pais e a saturação da paciência do cubano em conseguir ter um pouco mais do que o sistema lhe permite. Desta forma como refúgio os cubanos quando falam com o turista procuram sempre algo em troca, dinheiro ou até pagar uma bebida. Com o tempo começamos a aprender a contornar o problema até que por fim já conseguiamos distinguir qual o cubano e cubana com segundos interesses dos restantes.



Gui com o músico dos Cima del Mundo.



Cuba é um fenómeno! A segurança e tranquilidade vivida por todos é muito positiva. No ínicio levamos algum tempo a habituarmos a tudo, pois tudo é diferente mas depois aprendermos a gostar, reconhecemos que Cuba e Havana tem um tremendo encanto sem comparação.

1 comentário:

Suzana Burnier disse...

Olá, obrigada por compartilhar suas experiências. Vou a Cuba no próximo Maio e gostei das suas referências sobre a cozinha da Martica rs. Você tem o nome da casa ou o email deles para se fazer reservas? Ou mesmo o endereço exato? Obrigada, Suzana - Brasília